terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sobre o mito da caverna de Platão

Para quebrar esse hiato de posts por aqui no blog, vou postar parte de um trabalho de filosofia que fiz há exatamente um ano atrás. Ficou meio ruim, mas já serve para fazer quem ler pensar nem que seja só por uns instantes sobre o assunto.


Todo grande gênio quando lançou suas ideias inovadoras também foi chamado de louco e punido por ir contra tudo o que era verdade na época, só consultar a história para constatar isso. O mito representa de certa forma a sociedade, estamos todos acorrentados às leis antigas, todos muito acomodados para sair em novas buscas. Estamos todos conformados com o que já sabemos, acorrentados, assim como os personagens do mito. Quando algum indivíduo se levanta e resolve ir atrás de novos elementos, novas verdades ou qualquer coisa que quebre a rotina, todos o chamam de louco. Acredito que hoje em dia a perseguição não chega ao extremo de matar, como foi falado no texto, e que já ocorreu anteriormente. Mas chamamos de louco os que o pensamento se diferencia do nosso, chamamos de louco aquele quem vive de forma diferente dos demais.



Quando este “volta” de sua busca, alegando ter conhecido “verdades” diferente das que nós fomos criados acreditando, quando ele fala coisas que se diferencia de tudo o que acreditamos, quando ele contesta nossos dogmas nos sentimos superiores, chamamos de louco e/ou oferecemos uma parcela de nossa falsa piedade para o tal ou nos partimos para a agressão verbal, alguns até para a física dependendo da situação. Consideramos toda nova forma de pensar como mais uma farsa ou uma mentira, consideramos tudo o que se diferencia da nossa forma de pensar como loucura. Mas nem todo o esforço é em vão, alguns motivados pela insistência “do louco que apregoa novas verdades” saem do conformismo e procuram saber um pouco mais sobre tudo o que julgamos imutável. Mesmo que no final a resposta seja diferente, acredito que “o louco” atingiu seu objetivo, ele de certo modo transformou mais alguém.


Mediante a tudo fico me perguntando, no final das contas quem são realmente os loucos, os que estão tão acomodados, que ficaram cegos e são guiados pelo vento sem próprias convicções seguindo os demais ou os que saem da zona do conforto e procuram saber um pouco além? No final não sei definir o certo e errado, sei que existe  a diferença de opiniões.

Eu faço das palavras de John Lennon as minhas: “Eu tenho o maior medo desse negócio de ser normal”.

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