sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Evangelion - Neon Genesis





O asfalto seco da cidade parece ter se esquecido das estações do ano. Não ouço nada por causa dos zumbidos das cigarras... Não vejo nada, porque tudo se confunde no calor que se levanta do asfalto...

domingo, 26 de dezembro de 2010

A Resposta duma Flor


As flores sentem, choram, passam por terríveis tempestades. Essa última, não raro deixa a mesma em pedaços, ou até pode providenciar um presente sem futuro, sendo apenas mais uma flor linda pelo chão e sem vida. As sobreviventes se tornam verdadeiramente “super-flores”, por terem vencido um obstáculo milhões de vezes mais poderosos do que toda sua doçura e fragilidade.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sou tão perto de você


A noite cai; doce escuridão que encoberta dois apaixonados. Paixão? Não. Essa pode ser comparada com palhas a serem queimadas. Uma pequena chama logo se transforma, o fogo se alastra tomando proporções maiores, em pouco tempo o clímax... Depois de algum tempo o fogo fraqueja, e quando menos se espera apagava e cai em trevas novamente. Veja por si mesmo se não é assim, pegue alguém que no passado você “amou”, fez juras e juras de amor eterno. Com o tempo esse amor veio a se esfriar? Agora eis o que penso digo sem medo de está errado: eles se amam. Quem já experimentou da distância sabe que doe, sabe que às vezes tudo que tenta fazer parece inútil. E volta a doer. Conhecem o amor de outra forma, bem apenas quem vive ou mesmo viveu para descrever. Por isso tento.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Entre tantas coisas

Ah se ela soubesse do aperto no peito
Ah se ela soubesse dos olhares furtivos
Ah se ela soubesse dos sorrisos bobos
Ah se ela soubesse das lembranças que parecem eternas
Ah se ela soubesse do pedaço de saturno que ele comprara
Para viverem do amor, para se alimentarem do carinho
e a música ritmada pelos sons que seus corpos produziam juntos
coração com coração batendo acelerado em meio aos beijos apaixonados
Ah se ela soubesse de tantas coisas...
Mas talvez ela simplesmente não quisesse enxergar.

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Nem mesmo as palavras podem atenuar a dor de uma perda As palavras são inconstantes, infreqüentes, mas jamais serão impotentes... me esqueço em meio a multidão de palavras...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Lamentações – mais um delírio de Jack Boy

"Deixe-me ser claro, sei pouca coisa, menos ainda sobre as pessoas próximas de mim."
Lightman

Talvez realmente tenha sido isso que me afastou de todos, talvez seja meu receio de me relacionar e perder. Neste ponto você pode estar me achando covarde, mas amigo, é uma droga ter que aprender a esquecer quem você amou por algum tempo. Talvez algum dia alguém compreenda o turbilhão de sentimentos e emoções que povoam meu coração confuso. Não chamaria de poesia, não diria que sou metade crônica e metade poesia, na verdade estou bem longe disso. Eu quis explorar a vida e fui mais além do que podia. Agora tudo o que sobrou para mim foram as memórias, no dia a dia fico robotizado e ao anoitecer eu reescrevo o passado, cada dia de uma forma diferente. Se a vida fosse o som de uma guitarra com uma distorção pesada e contínua seria mais simples, mas não é. Quando você é pequeno dizem que você tem o mundo para ganhar, mas isso não é verdade. Não que eles mentem, mas tem que te dar sonhos (ou ilusões como queira), para você viver. Você cresce e aprende da pior forma possível que a vida não é boa. Quando criança sonhava com a felicidade, quando descobri as palavras quis mudar o mundo com elas, mas você percebe que não tem como e elas servem apenas para expressar minha angústia. Não, não desista de tudo agora eles dizem, ainda é cedo, você ainda é jovem... pode até ser, mas isso aqui não é feito para você vencer, jovem ou velho, neste mundo o destino é igual.
 E todos os seus problemas não são nada comparados aos dos outros eles vão dizer, mas onde está o grande mal? E a quem se pode culpar pelos fracassos, me desculpe, mas não vou aguentar sozinho. E dizem que o tempo irá curar as feridas, mas não é real, o tempo vai ficar te lembrando que você fracassou e uma garrafa de rum não vai aliviar a dor eternamente. Em último caso culpe o sistema, culpe os políticos, culpe as autoridades, afinal temos que mascarar nossa covardia. Somos muito civilizados para irmos à luta como nossos antepassados, somos civilizados demais para sofrer fisicamente, deixar nossa alma definhar condiz mais com este século. Somos modernos, não precisamos conhecer bem nossos amigos, temos vários para conhecer superficialmente. Somos modernos, temos robôs para nos fazer companhia. Somos modernos, pagamos pela ilusão vista na televisão. E de pensar que eu iria lamentar pela minha incapacidade de demonstrar meus sentimentos, mas para quê, somos modernos demais para perceber amor nos gestos simples. Eu lamento por sermos modernos demais, lamento por tanto avanço... nesses tempos onde tudo é tão  moderno... minha dor é cada dia mais real, e meus delírios são contínuos.
 

sábado, 11 de dezembro de 2010

Tragédia Fatal - 08

A morte e nada mais

Se me permitem de agora em diante passo a narrativa para os momentos finais. É claro que me pergunto o que pensa o leitor, estaria torcendo por mim? São tantas indagações que irei deixar para lá, pois senão elas viriam a ocupar toda a extensão que deveria ser dedicada a história. Outro ponto que me tira desta condição de querer saber, é o simples fato de que nada irá mudar o rumo de minha história.

O tempo passa, as revelações acontecem e o fim jaz a porta. A luz se acendeu, de forma tardia fechei os olhos tentando evitar a claridade. Ora, ora... Conheço essa voz, e minhas investigações não levaram até ele, ainda bem que morderam a isca. Como murmúrios eles falavam, prejudicado pelo nervosismo não conseguir ouvir, agora sim era ligeiramente audível.

- Mike, você está péssimo. – Yuri era quem começava a falar, tinha um cigarro em mãos e fumava vagarosamente. – Tentamos entrar em acordo antes, será que nessa condição o ambiente vai favorecer o “eu aceito”?

Robert o da voz conhecida desatava a mordaça. Senti um incomodo forte, mas logo o alivio, minha boca estava livre daquele desconforto. Qualquer um gritaria chamando por socorro desesperadamente, se fosse antes eu faria igual. Nada de vizinhança, nada gritos, afinal ela me chamava de forma doce e encantadora. Em silêncio encarei Yuri, depois me virei um pouco vislumbrando a face marrenta de Robert. Sorri, decretando meu triunfo sobre cada um deles, ambos que estavam presente e aquela máfia que agia sendo encobertada.

- Vamos, me matem! O que esperam? – A voz saia em tom alto, era o som da soberania. – Nada podem fazer além, me matar é a vingança é tudo o que resta, afinal tenho a certeza que nada do que fizerem irá mudar o destino de...

Agilmente fui agarrado na garganta, Yuri apertava ela com uma força terrível. Sou dos que acredita na capacidade humana além do nosso entendimento, sendo assim, acho plausível dizer que a raiva tornou a força dele sobre humana. Sua face era horripilante, franzia o rosto e cerrava os dentes até que, desistiu de seguir seu impulso emocional virou-se dando as costas para mim, não houve tempo para me recuperar, um soco atingia certeiro em minha face. Gritei de dor, mas nada daquilo me fazia sentir medo. Voltei a olhar para ele e um sorriso ensanguentado se exibiu em minha boca.

- Aproveite, eu sou sua ultima diversão... – Gritei remexendo na cadeira.

- Esquece você quem sou não é Mike? – O redator chefe falava. – Sabe muito bem que posso tirar aquela matéria do ar no caso de você sumir, tentei conversar, mas nada feito. Dane-se você, bancando um a de herói nesse mundo de cobras... Já sabe o final, do seu conto de fadas? Robert dê um fim nele e vamos. – Se eu me importasse, a expressão dele me traria um pavor maior do que qualquer coisa antes me proporcionara, era sombrio e frio.

***

Na cidade de Belo Horizonte um jornalista que brigava por justiça. Do contrario de muitos ele não se vendera, seguiu seu sonho de infância, e dentre centenas, não milhares, ele renunciou o conformismo não desistindo de ir contra o sistema. Longe de ser o melhor jornalista investigativo, e seu feito é longe de mudar o mundo. Não faltou a Mike vontade de valer o seu viver, amou, sorriu, chorou, brincou quando criança. Trocou o futebol por livros, investiu fundo no que queria. Seu nome seria lembrado por uns que com ele conviveram, sendo em cotidiano físico ou digital. Esquecido pela grande maioria, o que não importar, algo importa depois que se morre?

sábado, 4 de dezembro de 2010

Vamos Fingir

Não sou especialista no assunto, aliás, estou longe disso. Acredito que não é preciso ser um estudioso no assunto para notar que há algo por trás daquela explicação. – Penso que seja mentira – E mal contada, muito mal contada. Talvez, seja como a história. – Não vem ao caso – Faz certo tempo que estou pensativo sobre este assunto e resolvi publicar, espero sim que cada um deixe o seu ponto de vista. Espero. A matéria a seguir foi exibida há pouco tempo atrás, e o marcante nela é a ironia com que o próprio apresentador tratou o assunto, mostrando completa descrença.



Após ver essa matéria minha mente não tardou em especular as mais variadas teorias. Não quero vender meu ponto de vista, e mesmo que o fizesse não acredito que alguém compraria. Afinal é mais fácil acreditar que eles dizem a verdade, é simples conformar e pensar que está tudo bem. Por que não dizem a verdade, é algo ilegal ou muito ruim para ter que esconder? Está certamente não é a primeira, não será a ultima historinha que tentaram nos passar como verdade.


São tantas mentiras contadas, que fingimos acreditar em todas, pois senão somos privados de viver.