sexta-feira, 30 de julho de 2010

I'll be there for you [Eu sempre estarei lá por você]

Conseguir sentir tanto amor em uma frase é pra poucos. Não que esteja falando que alguns são incapazes de amar, por mais irreal que seja ainda acredito na capacidade das pessoas amarem, mas em uma época que se fala tão pouco de amor, que acham careta demais, muito clichê, em uma época de desvalorização da antiga frase "eu te amo", quando você consegue captar todo esse sentimento em uma música, bem caro leitor, pode se sentir um vencedor.

Era para ser apenas mais um domingo na vida de Jack Boy, mas como a vida se mostra sempre surpreendente, não seria apenas um dia comum. Desperdiçando horas na internet, um e-mail inesperado surge, sem título algum, o semblante dele já se fecha, mas quando ele olha o remetende, o coração acelera automaticamente. Ela mexera demais com ele, e ainda o dominava de alguma forma que ele não conseguia compreender.

Sim, Lana mandara um e-mail para ele depois de 1 ano e 4 meses sem se falarem, sem ele ter nenhuma notícia dela. Por um instante ele cogita não abrir o e-mail, simplismente deletar, em mais uma tentativa vã de esquecê-la por completo. Mas ele sabia que não era possível, quando ela se fora, levara uma parte dele, uma parte que ele sentia falta constantemente. Vencido por si mesmo, a única prevenção dele é um copo de café, forte e amargo, para ele lembrar bem como as coisas terminaram.

O e-mail começava com um ar despretensioso, mas aos poucos ia regressando nos momentos vivídos, os bons momentos. Ele lembrava até hoje o primeiro momento que vira ela, aquele rosto fino, o sorriso despretensiosamente sedutor e o olhar sem peso, calmo. A sua voz ainda ecoava na mente dele falando sobre coisas alheias, lhe ensinando coisas que ele desconhecia. Ainda lembrava bem da timidez de ambos, dos olhares furtivos em meio aos outros. O calor transmitido no beijo em sua face de despedida do primeiro dia, ele sabia naquele momento que não tinha sido apenas mais um.

Ele voltou dos seus pensamentos, e se perguntava por que ela lhe mandara esse e-mail cheio de lembranças. Por que insistia em atormentar ele? E ele também não entendia por que guardava tantas lembranças, intactas na sua mente, como se tivesse vivído ontem.

Jack Boy se perdera completamente no sorriso dela, nas noites podia ver ele sorrindo, sorrindo imaginando-se do lado dela. Se o amor deixa as pessoas cegas, ele deixou Jack Boy abobado, ele acostumara-se, afinal não era a primeira vez que ficava assim.

Aquela vontade de dar a mão pra ela, de passear, de abraçá-la, aquilo não o deixava em paz. O encontro deles, a conversa mais que prolongada, as futilidades, as utilidades, tudo uma espécie de rodeio, ambos sabiam o que sentia em relação ao outro, mas o medo de revelar os sucumbira aquele silêncio agoniante.

Com a coragem que a distância dá, ela falou com ele. Revelou todo o sentimento que nutria por ele, toda a intensidade que um simples contato passava, todo o desejo que tinha, os sonhos mais loucos, as palavras mais bonitas que encontrara. Tudo o que ele pensava, ela estava lhe falando... mas tudo não bastara.

E foi nesse momento que Jack Boy fechara o semblante. Desde o começo da leitura ele estava com um ar brando, um meio sorriso na face, mas ao voltar, pela segunda vez no e-mail sentiu aquele aperto no coração. Sabia como essa história terminava, não tinha certeza se queria continuar. Não, ao menos uma vez tenho que encarar os fatos pensava Jack Boy quando retomou a leitura. Ficou totalmente abatido quando ela lhe falou que tudo não era o bastante para ela. Que havia algo que impedia que ela continuasse. Não queria brincar com ele, não queria fazer ele sofrer, por isso decidira se afastar. Mesmo ele retrucando que se ela se afastasse ele iria sofrer ainda mais, que ele realmente gostava dela, nada do que disse foi o bastante. A única coisa que ele lembrava bem era de sua última frase pra ela.

- I'll be there for you.

No local onde ambos se encontraram, na frente daquele lago, naquele dia de sol.

Não mais havia um sorriso no rosto de Jack Boy, o fim do e-mail lhe trouxera muitas lembranças, e a falta daquela parte que ela levara consigo, aquele aperto no peito ainda doia. Mas era uma dor que ele suportava, aquilo lembrava ele que havia sido verdadeiro, que aquela dor era pra lembrá-lo que ainda existia amor. Mesmo de uma forma cruel, aquilo era amor. Ele não conseguia descrever, não conseguia explicar, apenas sentir.

PS: O nome do post é uma música do Bon Jovi, que por sinal se apresentará no Brasil ainda esse ano.

domingo, 25 de julho de 2010

Resumo da Copa

Foi um mês bem agitado e turbulento, mas foi em partes bom. Mentira não foi bom, ter que aguentar o Galvão e seus bordões, ter que ficar em casa assistindo jogos horrorosos (ou assistia os jogos ou aguentava a Sônia Abrão falando merda)... Nos jogos da nossa incrível seleção (bota incrível nisso) trânsito super cheio e chato, buzinas e mais buzinas te deixando com uma dor insuportável... E por falar em buzinas quem diria que o próprio jogo te incomodaria... Malditas vuvuzelas que não nos deixavam prestar atenção no jogo... Parece que aquele bando de sem nada pra fazer tinha fôlego pra bosta... Fico a me perguntar: "Quantos morreram depois de cada jogo por causa da vuvuzela?" Por que ficar soprando aquilo o tempo todo ninguém merece... Era a sinfonia mais irritante de toda a Copa. Acabei de me lembrar de sinfonia irritante, puts ver o pessoal do caceta e planeta tentado, é eu disse TENTANDO parodiar os hinos das seleções, foi de doer a alma... Na primeira vez que vi parei pra pensar e me perguntei: "Por que você tinha que morrer Buzzunda?" sim o Buzzunda era a alma daquele programa... Mais não estou aqui para falar de programas chatos com humor insatisfatório e forçado apelando sempre para piadinhas de duplo sentindo, vou falar sobre algumas coisas mágicas que ocorreram comigo nesse Mundial... Então vamos lá. ^^
Para começar no primeiro dia de jogos sai correndo para ver o jogo que eu achava que iria ser maravilhoso, mas me enganei MUITO... França e Uruguai proporcionaram o pior jogo desse mundial na minha opinião... Tivemos outros ruins mais esse foi péssimo... Foram 90 minutos vendo dois times tocando a bola como se fosse a pelada que eu jogava quando tinha uns 9 anos de idade (isso tem tempo pakas meu O.O), mesmo com esse jogo eu ainda acreditava na França, queria novamente uma final Brasil e França para termos o gosto de descontarmos... Mas me decepcionei nos dois lado, tanto França quanto Brasil mostraram que estavam nesse mundial apenas para completar os grupos...
Já o Uruguai mostrou que queria o terceiro título de qualquer forma, jogaram com amor, raça e com as mãos também (risadas descontroladas), foi sim um belo lance mostrando que o Suárez pode sim substituir o Muslera quando a seleção uruguai precisar... Ai me vem aquele Gyan, que mostrou ser um bom jogador, e me erra aquele penalti , eu quase bati nele pela TV, torci até o último instante para Gana... Me decepcionei mais uma vez... Sou sem sorte, quer ver por que? Leia até o fim e saberá
Minha Itália querida, que foi isso nesse mundial??? Nem entrou em campo e quando viu que estava em um mundial era tarde demais... Mais uma decepção que tive... Estou ficando triste só de lembrar.
Japão juntamente com a Coréia do Sul mostrou que a Ásia não entende só de tecnologia e produtos que não valem nada (senti falta da China no Mundial não sei por que...), eles também sabem jogar futebol, jogaram muito bem foram para mim juntamente com Gana as seleções que se destacaram já que ninguém acreditava nelas... E olhe o que aconteceu... Mais uma vez me decepcionei...
Depois dessas decepções em massa eu disse a mim mesmo que não abandonaria a minha patria e torceria para o Brasil... Depois do jogo contra o Chile eu achei que íamos ser campeões, mas... A vida é uma caixinha de surpresa... E uma caixinha estragada por Felipe Melo. Ah que vontade de quebrar a cara desse monstro, coisas desse tipo fizeram a minha alegria depois da eliminação do Brasil, foi só mais uma decepção pra mi, já estava me acostumando... Pensei já que o Brasil se foi, bora torcer para nossos Hermanos, eles pelo menos tem grande chance de ganhar essa copa, Dieguito levou uma bela seleção, Messi o melhor do mundo desencantará contra a Alemanha... Pensamentos em vão... A bela Argentina que tem o melhor jogador do mundo ficou de 4 para a Alemanha que teve o time com a média de idade mais baixa do mundial... Estou com lágrimas nos olhos ( de tanto rir hehe)... Continuando a minha tragetória de magia futebolística (tirei essa da mtv kkkk) me restou torcer para a Alemanha, tinha sim o melhor time da copa, com jogadores desconhecidos que mostraram um belo futebol... E o que aconteceu??? Mais uma decepção para coleção.
Até que enfim chega a final e resolvo torcer para a Holanda, já que os laranjas tiraram a Alemanha e o Brasil por que não torcer para eles? Vão ganhar fácil... foi o que pensei... Depois de ver o Iniesta fazer aquele gol cheguei a uma conclusão: Não sirvo para torcer para seleções, já que todas as seleções que tiveram a minha torcida perderam... Então se há alguma semelhança entre Mick Jagger e Duque não é mera conhecidência e sim culpa daquele Polvo sem vergonha e atrevido...

PS: não comentei o terceiro lugar pois vocês devem supor para quem eu torci neh ^^

sábado, 17 de julho de 2010

Noite Clara.

Luzes acesas, casas vazias. Luzes vazias, casas acesas. Uma parte diz que é loucura o que já escrevi, a outra diz para me libertar e ir além. Uma parte se cala, e no silêncio se tem respostas. A outra parte fala, quer se saciar com a doçura sem olhar adiante, o fim amargo.

Escrevo apenas “preto”, mas querendo que o leitor leia no “branco”. Sim, é essa uma frase antiga que até os dias de hoje não compreendemos em sua síntese. Uma dose certa de loucura, perto do brinde perfeito que não deve ser tomado apenas apreciado. Espere. Sem que pareça uma face de dois gumes, não beba, não fume, não ria... apenas siga de acordo com o que se tem como propósito. Temos um caminho? Senão tem, construa, é urgente. Ou, irá perceber velho que a vida passou e seu tempo acabou.

O que teria eu a dizer sobre o titulo? Vejamos, que ele não se parece com nada escrito, que o mesmo é alheio e inoportuno, ou melhor, que deve haver uma explicação a qual não faço ideia. Pelo que escrevo, devo ser julgado como um jovem de mente perturbada. Alguns pensam "ele se parece comigo", mas disfarçam. “Noite Clara”, deveria ser, “Noite em Claro”, a não ser pelo fato de ser escrita em uma tarde. Mas o leitor não precisa saber. Droga, já contei.

domingo, 11 de julho de 2010

Café no Palácio das Artes.

Noite de sábado em Belo Horizonte pode ser interessante, há lugares e lugares. Talvez o desejo seja apenas “subir Bahia e descer Floresta”, porém não se tratava de um fim de dia normal. No Grande Teatro, a Orquestra Sinfônica de BH faria o tão aguardado concerto onde interpretaria Beethoven em sua Quinta Sinfonia, a peça trás em seu fim a linda Sonata ao Luar.

Dois jovens lá chegavam alheios a tudo, sabiam do concerto, contudo lhes faltava condições econômicas. Uma conversar rápida e a decisão era a de degustar diferentes cafés sem muitas regalias. Nesse meio tempo que o correu o diálogo, a grande massa de pessoas esvaziaram a entrada do teatro indo assim para o concerto, Esdras e Willian diferentemente desceram as escadarias ganhando assim um salão com um ambiente agradabilíssimo. Eram dois amigos que viviam na contramão, por que não estavam eles em uma boate como a grande maioria dos jovens de suas idades?

Caminharam enquanto trocavam algumas frases soltas ao ar, sorrindo. Sentaram-se e como de costume esperavam a vinda do cardápio. Se fossem esperar ficariam a noite toda ali. Voltaram a levantar quando notaram que o atendimento estava excepcionalmente mudado. Gostei. Ambos pensaram. Já no balcão ficaram a escolher o tipo de café que apreciariam, um ensinamento sobre a forma correta de se escrever “café expresso”, que é “café espresso” pela origem Italiana.

Duas balconistas e um rapaz, esse era todo o pessoal para o descontraído atendimento.

-Vou querer um café Royal. - Disse Willian, fala que sucedeu uma agitação estranha correu entre as duas moças do atendimento.

“Eu preparo.” Uma delas disse rapidamente, a outra eufórica reivindicou. Uma curta discussão, porém mortal. Acho que exagerei nesse ponto. Esdras olhou para Willian assustados, intrigados...

- Será que se eu pedir um café espresso elas irão brigar para prepará-lo?

Nesse ponto todos se olharam e riam descontraídos. Sim, aquela simples noite para todos teve sua particularidade, afinal esses pequenos momentos são grandes e inesquecíveis.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Jack Boy - Desabafo

Ele acordou, seguiria a rotina normal de todos os dias, mas em certa hora daquele dia ele para a leitura que fazia e pega seu notebook e após ligá-lo, começa a digitar freneticamente, como se todo o tempo que ele dispunha ainda não fosse o bastante para ele externar toda aquela avalanche de pensamentos que invadia a cabeça dele. E obediente as vontades do subconsciente ele começa a digitar.

A vida parece girar cada dia mais rápida, mas de forma menos intensa. É como se eu cada vez menos me envolvesse, como se eu não vivesse totalmente, apenas uma leve parte indiferente. Mas afinal, não era isso que eu queria, apenas observar? Minha mente é confusa e meu olhar se perde nas palavras que vão surgindo instantâneamente na tela do notebook. Engraçado como começamos a ler e não obstante vem aquele desejo intenso de escrever algo, mesmo que você não faça idéia do que escrever. Exepcionalmente hoje as horas estão passando mais rapidamente do que o costumeiro, meu pensamento divaga e insiste em parar nos flashs dos momentos que passei com ela. Aquelas conversas sobre tudo e sobre nada, sobre coisas alheias, risadas compartilhadas, épocas de sorrisos sinceros. Será isso prazer em insistir em algo que não existe mais? Emendar momentos vivídos com aqueles que só existiram em meu mundo paralelo? Ah merda, cansei de me torturar pelas minhas limitações. Neste momento percebo que Vinícius de Moraes estava mais que correto quando escreveu o Soneto de Fidelidade, "quem sabe a solidão, fim de quem ama." Acho que é bem isso que ocorre mesmo. No fim das contas tenho plena conciência que meu erro foi o medo, a falta de coragem [covarde, ecoa a voz interior], o medo destrói as boas lembranças. A única certeza que eu tenho agora é que preciso continuar, se faz necessário persistir. Mas no momento que eu vivo, não tem poesia, conto ou crônica que me console. Deixo apenas escorrer o sangue, na esperança de me recuperar de mais um golpe, mais um...

      Entre nós existe a distância de muitas palavras não ditas.