domingo, 31 de outubro de 2010

Desejo Insaciável - III

Instantes de Alegria

"... Foram meses a espera desse momento, tudo que eu queria estava acontecendo, e o melhor, da forma que eu planejara em minha mente. Nesse momento comecei a perceber como era prazerosa essa sensação de vingança. Nunca havia sentindo tanto prazer como naquele momento, matar agora era algo que realmente valia a pena fazer, não importava ser um inocente ou delinqüente, o que importava era ver sangue, dor, súplicas...”

Logo que Anna me contou como eu estava, senti que era hora dela saber o que estava acontecendo, contei tudo, desde aquela noite até hoje, pedi para que ela não contasse ao nosso tio Drew, pois ele iria interferir nos meus planos, achando que fazer isso seria inútil. Até poderia ser inútil para ele, mas pra mim era algo bem útil, tratava-se de uma questão de honra e principalmente de vingança. Estava chegando a hora de ir para as comemorações, era o momento de colocar o meu plano em prática.

Ficar em um lugar onde eu possa ter uma recaída é muito irritante. Não poder morde ninguém, segurar o meu desejo por sangue, que chatice isso. Já não aguentava mais aquele lugar, precisava me alimentar, foi quando olhei para a porta e me deparei com a imagem dele, Jonathan Shelter, a pessoa que eu mais queria ver essa noite, era a hora de começar a fazer o que deveria ter sido feito a três meses atrás, a vingança estava próxima. A primeira parte do meu plano já estava sendo colocada em prática e ninguém percebia o que estava acontecendo.

Ver aquele sorriso me irritava, a cada minuto que passava meu ódio aumentava. Tinha que me acalmar e ao avistar uma bela garrafa de Jack Daniels me deixou mais tranqüilo. O garçom achou estranho eu querer a garrafa, dizia que não podia por nada trazê-la até mim. Babaca! Mal sabe ele na confusão que se meteu ao olhar em meus olhos. Foi muito bom poder sentar com minha garrafa de wisk e ver aquele idiota do garçom sendo xingado e não se lembrando de nada, mas o melhor era olhar para o centro da casa e ver Jonathan outro babaca caindo em minha emboscada. O sino da igreja tocou, já era meia-noite e estava na hora de me alimentar.

...To be Continued...

sábado, 30 de outubro de 2010

Sobre a política [2]

Eleições 2010

O Brasil passou pelo 1° turno das eleições, muita coisa já foi definida, muitos políticos comemorando suas vitórias, comemorando os 4 anos de mamata que terão pela frente.

E o povo brasileiro assiste a reeleição de alguns candidatos tão conhecidos por todos nós. Candidatos que jamais serão esquecidos, que “fizeram história” na política brasileira. Pra se ter uma ideia na minha “querida” Minhas Gerais mais de 75% dos deputados estaduais foram reeleitos. Será que a população está realmente satisfeita com o atual estado da política no Brasil. Eu acho que não, pra ser mais exato, a maioria das pessoas não se importa com quem governa o país.

Se de um lado temos tantos políticos reeleitos, por outro temos muitas novidades. Muito sangue novo pra ser chupado pelas sanguessugas que se proliferam no senado, nas câmaras municipais e etc. Novidades um tanto quanto peculiares, pra resumir “gente do povo”. Candidatos que só é possível encontrar em terras tupiniquins. E mais uma vez o povo brasileiro tem o privilégio de assistir esse grande espetáculo. Cada programa eleitoral é uma obra prima, tem comédia, teatro de bonecos... só você escolher qual lhe agrada mais. As coisas no Brasil são assim, tudo aos extremos... muito roubo, muita corrupção, estratégias sujas pra ganhar o eleitor. O duro é saber que pagaremos por toda essa palhaçada por no mínimo 4 anos e depois começa tudo de novo.
Mika


E a Política?

A política sempre estragando o meu país!

- Sinceramente, estou pouco me lixando para quem são os eleitos, e para quem ainda está para ser, afinal é tudo farinha do mesmo saco.
- Existem exceções, ao menos é o que acredito.
- Sim, político honesto é igualzinho a extraterrestre, existe, mas nunca vi.
 - Não penso assim...
- Eu voto por que sou obrigado, para mim tanto faz, o país já está na merda mesmo. – E completou com indignação na voz – Já não basta perder tempo indo votar no primeiro turno e acabar com isso logo, tem essa merda do segundo.
                Eu costumava pensar que ideias assim vinham apenas de pessoas desinformadas, contudo notei não ser nada assim. Pois esse diálogo descrito acima foi exatamente o que tive com um amigo poucos dias depois do termino do primeiro turno. Sem mais voltas, essa é a consciência de muitos no Brasil, é por esse motivo que defendo a tese do voto ser facultativo. – Como se alguém fosse dar ouvidos ao que um jovem pensa. - Não dando razões a ele, mas realmente está difícil votar. Basta olhar a campanha de ambos os candidatos, pois estou certo que irá partilhar desse descontentamento não só comigo, mas com inúmeros brasileiros.
Light

E a soma final

“A gente não sabemos escolher presidente.”

Amanhã, dia 31 de Outubro de 2010 o Brasil elegerá o novo presidente.  Contentes ou não todos os brasileiros deverão se acostumar com a idéia de que não será mais o Lula (talvez uma versão feminina dele). Teremos de nos acostumar ao fato que o novo presidente tem dez dedos na mão, não nove como o atual. Muitos estão extremamente descontentes, outros felizes e a grande maioria nem se importa.
Mas vamos tentar olhar um lado positivo de tudo isso, acredito que a participação dos jovens nesta eleição foi maior. Acredito que todos nós nos pegamos discutindo sobre as eleições por alguma rede social. Vimos candidatos se rendendo (e reconhecendo) a grande força que a internet tem. Nunca antes (eu acho) um candidato foi tão apoiado na internet como foi o caso da Marina. Conversando com uma pessoa na empresa ela disse “Marina é projeto de 2014”.
Quem sabe até lá uma porção maior de brasileiros se ponham a prestar mais atenção nas decisões, e quem sabe eles entendam mais que o voto pode sim fazer a diferença. “O problema daqueles que não gostam de política é que são controlados por quem gosta muito de política.” Agora enquanto tudo isso não acontece, temos de sobreviver por mais quatro anos, mas não simplesmente aceitando, vamos cobrar um pouco mais, vamos fazer valer nosso direito.
-Lord

 

domingo, 24 de outubro de 2010

Mundo - cão


A televisão no domingo sempre foi um problema dos grandes nos canais abertos, pegar o controle para ficar trocando de canal é inviável, afinal com menos de um minuto acabaria a “alegria”. Tempos atrás fiquei assim em frente ao televisor, trocava de canal sem saber o que buscar, momentos depois me pegava assistindo TV Balcão. O cúmulo dos cúmulos, talvez não se levar em conta o que virá a seguir.

Principalmente nas tardes domingueiras é crescente a exploração de fatores anormais, se alguém sofre com anomalias é extremamente alto, ou baixo. Sem contar os muitos outros defeitos que ao invés de ser ajudado a reverter, ou auxilio no que for preciso, todos ficam a expor fazendo cara de “coitado” ou mesmo riem das desgraças alheia, fazendo chacota e utilizam termos humilhantes e Apelativos.

“Ele tem de fazer xixi na ponta dos pés”. – Deve ter sido agradabilíssimo para o anão ter ouvido um comentário ridículo igual esse proferido por uma repórter da Record.

O exemplo dado se refere à Record, com isso não digo que ela é a pior de todas nem a melhor, o nível é baixíssimo. Você pode ver isso logo mais com os imperdoáveis do Pânico na TV, vou dispensar qualquer comentário me limitando a deixar apenas uma frase já conhecida por muitos. “Ah, moleque.” Isso sem contar o lado apelativo da nudez, e dos bons costumes corrompido sem nenhuma restrição.

[Imagem meramente ilustrativa, sobre os programas supracitados - Logicamente existem piores, o que é difícil acreditar.]

Nós adoramos esse mundo-cão, adoramos achar graça nas desgraças das pessoas. Ao que Gessinger escreveu: “... Tudo isso já faz parte da rotina e a rotina já faz parte de você.” Não raro falamos aqui sobre temas de reflexão, contudo nada adianta se não nos dispomos a mudar.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tragédia Fatal - 05

Sem argumentos

Embora tarde as pessoas não se recolhiam aos seus aposentos, especialmente nos fins de semana BH mostrava a razão do seu titulo de capital dos bares. É praticamente incrível e alguns acharão ser exagero, mas não, a cada esquina um bar, a cada esquina pessoas rindo alto e festejando sem motivos. A vida.
Subia a escada do edifício onde eu residia, estava munido de um sincero arrependimento promovido ao longo da noite, e comigo a rosa azul. Como morava no terceiro andar logo cheguei, e com as chaves na mão abri a porta de minha casa com o máximo de silêncio possível, seria uma linda surpresa para ela. E de certo me apoiaria a mudar, pois sempre esteve ao meu lado. Entrei e fechei a porta cuidadosamente, sem acender a luz dei um passo e espiei em volta, a casa estava aparentemente vazia.
Tinha convicção de que Anna não estava, foi quando ouvir um toque de celular que vinha do meu quarto. A música se demorou no ar. Foi quando me vi agindo por impulsos, colava meu corpo à parede de entrada da porta, ao olhar o chão, meio que por acaso vi roupas de homem e dela no chão do corredor. Aquilo foi um baque tremendo, os olhos se encheram de lagrimas. Mas, será possível? Não, Anna. O sofrimento começava, talvez antes da hora.
Subitamente abri a porta, os olhos encharcados sim, mas o rosto era vazio. Anna e Yuri pareciam dois adolescentes tentando esconder de seus pais que faziam sexo. Percebendo que de nada adiantaria tentar ocultar, Anna encobriu seus seios e me olhava assustada, tentava falar sem emitir sons. Ele por sua vez ficou inerte. Eu me virei e voltei a sair de minha casa, aos passos curtos e odiosos. Anna veio ao meu encontro dizendo que me amava, mas aquilo era culpa minha. Sem falar nada com ela, ganhei as escadas, depois as ruas e em seguida a noite.
Ao ler essa parte de minha vida você deve não acreditar, pode até ser que passe em sua mente. “Se fosse eu mataria os dois.” Sim, acho até razoável a ideia. Entretanto não tenho o direito de tirar a vida de ninguém, é como deixei claro, sou eu o culpado de tudo como dito por Anna. Sem contar que minha cabeça já estava moldada, o que aprendi na noite foi o suficiente para impedir que cometesse uma grande besteira. Afinal, a vida continua...

sábado, 16 de outubro de 2010

Quase

Me pergunto friamente. Qual o sentido de ser e estar? Não obtendo respostas corro, sem perceber minha falta de rumo.


Lá estava eu, quase acordado, às vezes dormindo, me sentindo desperto. Poderia alguém dormir e ficar desperto? Ou desperto está dormindo? Acredito que existam varias fases no momento que dormimos apenas isso, uma crença. Naquele estranho momento pude captar ondas divergentes, vindas de frequências distintas de universo vazio e cheio que se passa dentro mim.

Muito me atrai a ideia do Nirvana* onde há felicidade constante, pois aqui é o lugar da quase felicidade. Não acredito que possamos ser feliz ao assistir tanta desgraça, dizemos que estamos bem com nós mesmos e nos esquecemos do próximo. Cansei de ouvir balelas a respeito da vida, sei que alguma pode até ser o que realmente busco, mas enquanto não me decido, vou formulando minhas próprias teorias viajando no infinito de meus pensamentos.
Sendo menos profundo olhemos no futebol algumas frases marcadas. Se tivéssemos feito aquele gol, aquela bola quase entrou. É fácil e qualquer um pode entender, quase não muda nada, quase não é nada, “é incompleto, é inacabado... é desculpa dos fracassados.”

* Nirvana: originalmente usada no budismo, seu significado é relativo a paraíso, ou, estado de libertação onde não há dor.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sobre Chaves e seus ensinamentos


“EU LHE PERGUNTO SE NÃO SERIA CONVINIENTE QUE OS ADULTOS TIVESSEM UM POUCO DESSA FÉ QUE TEM AS CRIANÇAS.”

            Perdemos a nossa fé, perdemos aquele poder de acreditar nas coisas, de ter esperança em algo. Mas vamos retroceder um pouco, vamos lembrar como isso tudo surgiu.

Alegria de toda criança
  
            Era um domingo à tarde, estava eu assistindo Chaves, mais especificadamente o episódio "Todos em Acapulco". Meu caro leitor, se você teve infância ou não estava em coma nos últimos dez anos de sua vida certamente você já assistiu Chaves e provavelmente assistiu o episódio "Todos em Acapulco" (que na opinião da pessoa que escreve é um dos melhores).

            Enfim, estava eu assistindo e reparei nessa frase que o Professor Girafalez diz determinado momento. Eu não parei o vídeo para escrever, mas aquela frase ficou na minha mente por muito tempo. Três dias depois que eu fui escrever a frase, para duas semanas depois começar este texto.

            Perdemos a nossa fé, quando digo isso eu me entristeço, afinal eu também perdi minha fé em muitas coisas, e quando olho para as crianças, que com um sorriso inocente acreditam em fantasias, acreditam realmente em mágicas e em outras tantas coisas eu me vejo no passado e digo que eu me perdi no caminho da vida. Quando somos mais novos, temos mais fé nas coisas, nas pessoas, no time de futebol, no herói dos quadrinhos ou da tv, nos personagens dos livros e dos filmes, mas quando crescemos, bem essas coisas mudam.

            Quando somos mais velhos temos mais "conhecimento", temos mais entendimento das coisas que nos rodeiam e que preenchem o mundo, quando a criança diz que é mágica nós rimos e falamos que é apenas um truque. Sabemos demais, mas sinceramente tem coisas que eu não queria saber.  Ao envelhecermos nos ficamos mais chatos, mais céticos em relação a um monte de coisa, precisamos de fatos e provas para acreditar.  Não estou dizendo para acreditar em tudo, mas temos que aprender a enxergar as coisas de um novo ângulo.

            Sabe aquela fé que as crianças têm em um mundo divertido? Sabe aquele desejo que a criança tem de ter um sonho realizado? Bem eu também acho que perdemos isso. Quando ficamos adultos, a maioria tende a trocar seus sonhos por projetos da carreira, tendem a esquecer seus sonhos pelo emprego que ganhe mais. Sei que temos que nos tornar adultos responsáveis e etc, mas eu não vou me prolongar demais não, sabe aquele sorriso imediato que vem ao seu rosto quando assiste Chaves, aquela alegria? Então, deveríamos ter mais dela e menos da tristeza diária que vejo nas ruas. E eu faço a mesma pergunta que o “mestre lingüiça” fez, “eu lhe pergunto se não seria conveniente que os adultos tivessem um pouco dessa fé que tem as crianças.”

            E também deixo um tweet do Humberto Gessinger que se deu no dia das crianças, quando boa parte dos usuários colocaram suas fotos de crianças antes e durante a data e depois tiraram ele disse o seguinte: “Ok, tirei o avatar infantil, mas não se iludam: não cresci!”
Faço das palavras dele as minhas.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Tragédia Fatal - 04

Casa Vazia

Os sentimentos que vieram a ficar danificaram as estruturas construídas com o tempo. Cada tijolo unido a outros elementos erguiam os muros, era estável, aguentaria as ventanias, seria superior as reviravoltas. Bem, ao menos foi o que sempre pensei. Desde criança fui ensinado que nada na vida é fácil, e sobravam exemplos, como a maior queda. Nunca foi um muro que caia, entretanto faltava mobília em minha casa. Meu irmão levado pelas circunstâncias da vida deixou um enorme vazio, indescritível.
Contudo, a vida segue e a tristeza passa, a saudade fica, as incertezas parecem nunca se dissipar. Vários desafios surgem ao meu caminho, no caminho de todos acredito. Ah Anna, se você soubesse o quanto depositei esperanças em ti, se soubesse do vazio o qual me encontrava antes de ti conhecer. Aquele abismo aparentemente sem escapatória, uma lama de desespero contido com o auxilio de minhas tarefas, executadas unicamente com o intuito de não me deixar só comigo mesmo.
O movimento das nuvens no céu me confundia, sempre querendo saber se elas se moviam, ou se a terra era quem ditava aquele mover. Ambas? Por que não havia pensado assim antes? Gostava das coisas em movimento, sempre gostei das voltas existentes na vida. Todavia, o meu circulo poderia parar ali, onde me sentia bem, no que tinha esperança que fosse a felicidade. Logo, outra vez o vazio, estava de volta a minha casa vazia, sem mobílias e com falhas estruturais quase irreversíveis, pronta para desabar.
- Não importa o que aconteça, eu sempre estarei aqui por você. Eu sempre estarei aqui por você. Sempre...Milhas e milhas, de palavras vagas. – Se envolva em mim, eu sempre estarei aqui...
***
Aqueles óculos davam-lhe o ar de inteligente, realçado pelo modo o qual se vestia e a pasta que fazia tipo empresário. Sempre elegante e cordial era difícil não gostar dele no primeiro instante. A qualquer instante que o olhávamos parecia sorrir sincero, outras querendo esconder o que eu nunca soube, certamente guardava o porquê em sua caverna interior, onde até ele sentia dificuldade em chegar.
Antigamente, no colégio, transparecia alegria, era popular e brincava com todos. Bem visto? Nem sempre, há que ressaltar a existência de pessoas que não gostavam ou nem estavam aí para ele, eu me encaixava perfeitamente na segunda. Estudamos na mesma classe e só falávamos o necessário um com o outro, ele primeiro da sala, já eu alguém que gostava de coisas “estranhas” e nunca almejei ser primeiro embora não faltasse capacidade (segundo os professores).
Certa vez fui escolhido como orador da turma, afinal minhas redações superavam a média, os professores até faziam algumas piadas dizendo “Um gênio que não aproveita o potencial nos estudos.” O único a defender o meu ideal era Tiago professor de literatura, dizia que eu teria aprendido com Fernando Sabino, ou melhor, Eduardo. “Mike parece ter aprendido com Fernando Sabino, onde fala do escritor renunciar a tudo.” E sorria com sua observação, eu ouvia aparentemente alheio, no fundo aquilo significava muito por minha admiração ao escritor mineiro.
Por ironia do destino, algo que recuso acreditar, estamos a trabalhar no mesmo lugar, diferentes cargos e uma relação de coleguismo tão distante quanto antes. Eu um jornalista investigativo e escritor, ele por sua vez, exibia seu status de redator chefe.

sábado, 9 de outubro de 2010

Olha a sequência do pente

            E assim nossa juventude caminha para uma estrada onde a descida não tem fim. Se você não está entendendo ou nunca ouviu falar da "sequência do pente", deixo dois caminhos para você escolher. O primeiro é se munir de coragem e clicar no link do youtube, escutar a música e depois terminar de ler e o segundo é simplismente ignorar este post e ler outro (se é romântico (a) sugiro o belíssimo "Contudo sigo acreditando no amor"). Dada às opções, vamos prosseguir com muita coragem.


            Há alguns anos atrás eu pensava que não tinha mais como as coisas piorarem, "mas a vida, a vida é uma caixinha de surpresa" e ela cumpriu com seu papel, me surpreendeu, logicamente para o lado negativo. Você se lembra de Gilberto Barros e o sabadaço na band?

   

          É lá que escutei pela primeira vez o MC Serginho e a lacraia e ali lamentei pela juventude. Achava as letras obscenas e sem conteúdo, tudo aquilo mais parecia um circo do que um programa de entretenimento de sábado à tarde. Bem naquela época eu era mais novo e tinha mais fé nas coisas, não sabia que Serginho abriria espaço para uma avalanche de poluição sonora e consequentemente visual. O sabadaço acabou eu parei de assistir tv como antigamente, mas o número de MC's se multiplicou, triplicou e infestou nossas cidades com o proibidão. 
            Não pretendo entrar na área da música febre dentre as classes sociais, afinal o funk é um mal (sim considero isso no mesmo nível de que uma das sete pragas do Egito) que atinge a todas as classes, mas tudo o que um dia foi belo e cultivado entre a juventude foi se perdendo. Vou me ater ao funk, não mencionarei bandas de happy rock ou coisa derivada, até porque acho que o funk é mais popular. Você já deve ter escutado as batidas, algum infeliz já deve ter escutado isso no ônibus que você estava (sem fones de ouvido), no colégio alguém já deve ter cantado na sua rua alguém já deve ter parado o carro ao som do pancadão dizendo "Só de sacanagem vou botar na tua garagem" e se você nunca passou por isso agradeça muito a Deus.
            O funk não é só ridículo como também obsceno, suas letras menosprezam tudo o que nossos pais zelavam. "Quer romance compra um livro, quer fidelidade arruma um cachorro". Agora o que mais me impressiona é a enorme aceitação que qualquer porcaria tem entre os jovens. Parece que a escola não adianta mais nada, já que formamos cada vez mais jovens estúpidos, que pensam que a vida escolar acaba no ensino médio e que a melhor coisa é ir para o baile e "pegar as novinhas". Sei que vivemos em um país livre (infelizmente tem horas) e que cada um pode usufruir dessa liberdade como melhor lhe cabe, mas uma dose de consciência não faria mal. E a raiz do problema nem consigo mais identificar, não sei se a culpa é dos pais que permitem isso, não sei se é da internet que é a forma mais rápida e talvez a mais eficaz de divulgação, não sei se é o sistema, só sei que nossa juventude quando envelhecer, os que ficarem vivos não terão boas recordações para passar para os filhos e netos.
            Se você leu até aqui deve achar ou que tenho razão ou que meu preconceito contra os funkeiros tomou grandes proporções a ponto de eu me achar o dono da verdade. Talvez esteja certo, talvez não, agora uma coisa pode ter certeza, se você gosta de tudo o que eu critiquei no texto, sinceramente eu não considero qualquer crítica ou comentário seu válido, e saiba que eu rio de você, desculpe mas não tem como rir de um cara que se diz foda a esse ponto.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Profissões Perigosas

“O segredo para não se acidentar, é não perder o medo da profissão.”

Assim definiu um dos trabalhadores, após comentar sobre um acidente de seu colega de trabalho, que caiu do quinto andar, por motivo de “forças maiores” sobreviveu.


No programa exibido no dia 31 de agosto de 2010, A Liga, mostrou novamente alguns pontos antes não enxergados. O assunto tratado dessa vez diz respeito a trabalhos perigosos. Certamente quando pensamos em perigo, logo deve vir à cabeça algo radical, digno de uma mega produção hollywoodiana, onde um carro capote em alta velocidade, ou mesmo guerrilhas onde se salva apenas o protagonista. No entanto existem perigos em escala menor, mas nem por isso menos devastadores.
Já que falamos de Hollywood e até citamos a categoria filme, me veio a lembranças dos dublês. Eles, os verdadeiros responsáveis por aquela realidade toda em determinados filmes de ação, e não aquele ator ou aquela atriz lindos (seguindo o que se vende como bonito e feio) que ganham os status por tudo. Embora, hoje tenhamos ciências de que eles nunca põem a mão nesse tipo de massa.
O dublê entrevistado afirmou ser taxado de doido, porém disse gostar da profissão, aproveitou para dar ênfase ao profissionalismo de sua equipe afirmando confiar neles. Achei razoável, pois não vejo outro por quê. Ninguém, absolutamente ninguém ariscaria a vida fazendo um trabalho que desgostasse e inseguro ao menos que fosse a única saída.

O outro trabalho que irei comentar é dos limpadores de janela, pessoas honradas que se ariscam fazendo rapel nos prédio das grandes metrópoles. Foi de um profissional desse ramo que saiu a frase descrita no início da postagem. Eu sinceramente acho que deve ser o máximo a pratica de rapel, no entanto, por ter que fazer todo o dia perderia minha motivação. Já eles, encaram o perigo com unhas, dentes e até mesmo com grande humor.
Acredito que só vivendo o que eles vivem, poderíamos naquele instante ver o que vale mais, a família que tem que ser sustentada ou a própria vida. Dura decisão a qual alguns se submetem diariamente. Mesmo que tenha segurança, vale lembrar que há também riscos e bem expressivos.
Nesse ponto deveria fechar a matéria, todavia quero convidar a você a pensar em algo simples, como a janela limpa de um alto edifício. E se pergunte, que valor temos dado as mínimas coisas? Será sempre preciso alguém mostrar em detalhes convincentes para cairmos na real? Já você que não se importa com isso, estaria muito ocupado com sua auto-imagem refletida em um espelho, que nada mostra a não ser um coração vazio?

sábado, 2 de outubro de 2010

Ordem e progresso

   É isso que está escrito na bandeira do nosso país, mas estamos muito longe disso!

     Agora eu mudo minha pergunta diante do circo que vejo se armando no nosso país, realmente nos importamos com isso? Nos importamos com toda a corrupção que existe na política? Nos importamos de verdade com as falsas promessas feitas nos horários eleitorais?

     O que vemos hoje em dia é uma corja de corruptos, salve as raríssimas exceções, governando o nosso país. Andando pela rua podemos perceber que a maioria das pessoas não está contente com a situação, mas são conformados demais para alterarem qualquer coisa. Ao discutir sobre quem pensam em votar o que mais se escuta é “Ah em qualquer um, afinal todos vão roubar e nem vão fazer nada pelo povo mesmo.” Bem, não sou o jovem mais interessado na política, não acompanho de perto o que se passa no Palácio do Planalto ou mesmo não acompanho de perto o que se passa na prefeitura de minha cidade, mas também não sou obrigado a aguentar uma ignorância geral calado, e lá vou eu tentar mostrar o que todos enxergam mas são preguiçosos demais para mudar.

     Em uma conversa com uma pessoa indaguei em quem iria votar, com a resposta obtida eu tive mais uma indagação, por que vai votar nesse candidato (a)? Quais as propostas? E o que recebi de volta foi uma cara de “ah, quem se importa com isso?” Bem, o que eu acredito que ocorre é que a maioria das pessoas escolhe o candidato pelo que vê na TV, no horário eleitoral. Como eu posso escolher um deputado se ele fala apenas uma frase (isso quando fala!)? Como eu posso escolher um governador se tudo o que eu vejo no programa dele são os outros falando que eu deveria votar nele? As pessoas não procuram conhecer em quem estão votando, não procuram se lembrar deles depois de dois meses da eleição, ai que mora o erro!

     É muito fácil você falar para o João da padaria que anda indignado com o descaso dos políticos relativos ao problema no trânsito. É muito fácil você reclamar com a Maria do salão de beleza sobre o preço absurdo da conta de luz. Mas nós não reclamamos com as pessoas corretas! Nós não procuramos nos lembrar daquele deputado que prometeu brigar para manter o preço da conta baixo. Não nos lembramos daquele deputado que prometeu buscar uma solução, ou ao menos um paliativo para o problema no trânsito. Restringimos nosso descontentamento com a bagunça que o país está virando apenas no desabafo com o próximo, achamos que todo nosso envolvimento com a política acaba no dia em que os candidatos foram eleitos, ai que está o nosso descaso!

     Na época que devemos escolher o presidente do nosso país nós aceitamos os candidatos que a mídia nos impõe. Aceitamos com um sorriso enviesado na esperança de todos os eleitos cumprirem 10% do que eles prometeram, como se isso fosse um favor. Jovens que vão votar nem se quer conhecem os candidatos, nem se lembram quem foi Collor. Esquecemos fácil demais, acreditamos fácil demais e nos acomodamos mais fácil ainda. Parafraseando uma música, se o país é ruim o culpado está diante do espelho!

     Enquanto formos um bando de pessoas acomodadas e acostumadas com a extrema desigualdade, a humilhação e a baixa qualidade de vida o país vai ser comandado pela elite, por uma minoria que desconhece o sofrimento das pessoas, e que não se importa com isso. Enquanto formos acomodados e preguiçosos o país ficará nas mãos de quem tem o interesse representado pelos corruptos, ficará nas mãos das pessoas que aceitam propina, que roubam o dinheiro público para bancar viagens da família para a Disney e para construir castelos. Enquanto formos acomodados, a ordem e o progresso será apenas uma frase complementando uma bandeira.
-Lord

Pior que tá não fica


“...Florentina, Florentina, Florentina de Jesus, não sei se tu me amas pra que tu me seduz?...”

Ah como eu gostava de ouvir essa música, aliás, quem não gostava não é. Uma ótima letra melodia incrível que não sai da cabeça até hoje, acho que as pessoas que querem ganhar grana hoje em dia deviam fazer músicas assim e não coisas com Créu... Credo nem gosto de lembrar isso... Mas enfim não estou aqui para falar sobre Florentina ou até mesmo dá dicas de como ganhar dinheiro fazendo músicas como Créu (acho que vou fazer uma), deixa eu voltar para onde eu estava, ia dizendo que não vou falar dessas duas músicas mais sim vou falar dele, o mediocrático, o retalbante, o cara mais estrogonoficamente legal desse mundo, Sir TIRIRICA [aplausos da platéia kkkkk]

Sim leitores e leitoras, amigos e amigas é sobre ele que eu vou falar. Eu até pensei em expandir a postagem para outros canditados, mas o meu super Ídolo não deixou [TIRIRICA IS BAD hehehe]. Quero contar só um pouquinho sobre o que ele anda fazendo ultimamente.

Todos sabem da incrível carreira desse camarada, como cantor compôs músicas cabulosas vamos colocar assim, mais que era legal de se ouvir e são até hoje melhor que um monte de coisa... Depois disso tudo dessa carreira magnânima de músico o cara se tornou humorista [pra mim ele já era humorista quando cantava kkk] Ingressou juntamente com Tom Cavalcante no programa do Tom na rede Record de Televisão, lá fez vários personagens que marcaram muito [ta to enrolando, pois não lembro o nome dos personagens kkkk], enfim lá ele se deu muito bem, só que algo aconteceu... Em 2010 o cara se candidatou a Deputado Federal pelo estado de São Paulo, até ai normal. Quando o horário eleitoral começou, veio a coisa mais inacreditável que eu ainda não acredito aushaushua, com bordões super engraçados como: Você sabe o que faz um Dep. Federal? Eu não. Me coloca lah que depois falo com vocês... ahahahaha como isso é lindo de se ouvir [mentira kkk] o outro bordão nem preciso falar não é, é só ler o título do texto *-*

É algo bem diferente, mas é real, Pior do que não fica mesmo, já vivemos num país governado por pessoas que fazem disso tudo um circo se achando verdadeiros palhaços, ter alguém que sabe fazer palhaçada vai ser difícil de acostumar não hehe já que ele é cotado como o Deputado que ganhará o maior n° de votos em São Paulo...

Vamos rumo ao circo eleitoral, mas agora com alguém que sabe fazer palhaçada.. Brincadeiras a parte, se ele ganhar tomara que tenha um ótimo mandato.
Duque
 
A compra de votos

Seu voto é em quem você acredita, ou na pessoa que te fazem acreditar?

Quando pesquisava na internet sobre a compra de votos, percebi que acabaria fazendo uma matéria igual a de todos, diria que é um absurdo, relataria alguns casos pertinentes, tentaria ir afundo no que todos estão cansados de saber. No entanto, não tinha noção do que escrever de diferente. Estava alheio ao assunto, abri o MSN com qualquer outro dia, a pagina de noticias também surgia mostrando em destaque a corrida presidencial, as “senhoras” estatísticas do Ibope apontavam o candidato X a frente do candidato Y, interessante é que parecia não haver outros candidatos.

Candidatos para cargos menores na política (não todos) utilizam sim de formas ilícitas para conseguir votos, falando em presentinho se a vitória vier a consolidar, assim fazem por não haver necessidade de milhões de votos para serem eleitos. A questão é como fazer para atingir a massa? Os meios de comunicações certamente é a melhor opção, pois são eles responsáveis por formar ideias, cansei de ver as pessoas mudarem a opinião por que na novela das oitos foi dito que aquilo é puramente normal. Assim também é na política, temos formadores de opiniões que utilizam das armas para nos fazer de fantoches de suas condutas egoícas. É difícil ter que escolher alguém para representar o Brasil por sua imensidão, mas o trabalho fica ainda mais árduo quando faltam informações.
Light