Era véspera de eleições e os candidatos estavam com seus discursos decorados. O primeiro a discursar era o Papagaio. Enquanto ele se preparava os macaquinhos ajeitavam as câmeras, os microfones e toda sorte de equipamento preciso. Estava uma verdadeira macaquice, só o Papagaio esbanjava glamour.
- Tudo pronto senhor. – Disse o macaco diretor em macaques, o candidato que tentava ser reeleito da bicharada não entendia a língua, mas decifrou o movimento.
Num discurso decorado ele virou-se para a câmera e com sua voz de taquara rachada se pôs a falar.
- “A sorte do ditador é que o povo é burro.” – Disse, citando Hitler, contudo ninguém entendia, pois ele era o único a dominar aquela língua estranha. O que bastava para que os seus eleitores o aclamassem. Na verdade não havia eleição, só os bichinhos pensavam ter.
Bem... Assim é o humano que acredita na democracia.
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