A Resposta duma Flor

As flores sentem, choram, passam por terríveis tempestades. Essa última, não raro deixa a mesma em pedaços, ou até pode providenciar um presente sem futuro, sendo apenas mais uma flor linda pelo chão e sem vida. As sobreviventes se tornam verdadeiramente “super-flores”, por terem vencido um obstáculo milhões de vezes mais poderosos do que toda sua doçura e fragilidade.

Reparem, elas não se parecem com você? Existem inúmeras diferenças é verdade, mas as dificuldades vividas por elas são tão, ou mais, destrutivas do que o que vivemos. Em tempos difíceis elas são lindas e radiantes, idênticas a fase boa, mudando alguns poucos tons, é claro. Já nós... bem, temos crises e crises, em questão de minutos saímos de um bom estado de espírito e damos lugar a um lado obscuro, esse nosso segundo “ser” vai e volta de instante em instante em nosso dia-a-dia.

Imagino qual seria a resposta duma flor, se fosse questionada sobre o sentido de viver. Elas saberiam falar, de forma que nós humanos compreendêssemos? Sempre associe simplicidade com a natureza, natureza com respostas. Nessa minha ânsia de saber o que vem depois sem ao menos entender o que vem primeiro, sentei em um lugar calmo, onde não havia barulhos das grandes cidades, ao meu redor apenas plantas e uma flor ao lado. Naquele momento de questionamento fiz essa pergunta a ela. Qual o sentido de viver? Ela me respondeu. Com um silêncio que rompeu barreiras inimagináveis, sim, aquela resposta era satisfatória. Amor, enquanto você acreditar nele vale viver. Sem o qual nada mais faz sentido.

Bem meu caro, ou, minha cara. Já ouvi inúmeras vezes essa resposta, mas vinda de uma flor, até o mais incrédulo se lançaria de corpo e alma para sentir, isso é tudo.