terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sou tão perto de você


A noite cai; doce escuridão que encoberta dois apaixonados. Paixão? Não. Essa pode ser comparada com palhas a serem queimadas. Uma pequena chama logo se transforma, o fogo se alastra tomando proporções maiores, em pouco tempo o clímax... Depois de algum tempo o fogo fraqueja, e quando menos se espera apagava e cai em trevas novamente. Veja por si mesmo se não é assim, pegue alguém que no passado você “amou”, fez juras e juras de amor eterno. Com o tempo esse amor veio a se esfriar? Agora eis o que penso digo sem medo de está errado: eles se amam. Quem já experimentou da distância sabe que doe, sabe que às vezes tudo que tenta fazer parece inútil. E volta a doer. Conhecem o amor de outra forma, bem apenas quem vive ou mesmo viveu para descrever. Por isso tento.
Quem já experimentou olhar uma mesma direção sem está perto? Seria isso possível, ou, se trata apenas de mais um surto? Haveria sensibilidade o suficiente? O toque é demasiadamente bom não há como negar, mas o sentir é surreal, um dom, diria, mágico. Eles olham para o mesmo ponto, neste caso é a lua em um brilho transcendental capaz de preencher a escuridão, fazendo da mesma pequena quase insignificante, era uma noite clara repleta de estrelas. Não houve trocas de olhares, nem tão pouco caricias. Sobra espaço ao lado dele. Falta alguém ao lado dela.
Sentem ausência, em certos pontos doe está longe. Nunca foge da cabeça a ideia intuitiva. Se eu estivesse lá seria diferente, poderia consolar, ou mesmo ficar calado apenas demonstrando o que sinto. É quase automático. Distantes, mas tão próximos, tão perto... Eles provam da distância e sabem que o dicionário mente ao dizer que ela é igual “separação”, pois ela não separa, às vezes até uni. Ele é eu. Ela você.
“Palavras podem significar um monte de coisas. Ás vezes elas deixam a desejar.”
The walking dead

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