segunda-feira, 18 de julho de 2011

Matemática no Boteco

Não poderia deixar de ser diferente. Não é apenas no trabalho que ninguém quer nada com nada na sexta feira, nos estudos é a mesmíssima coisa, pra pior. Salvas as exceções o papinho é o mesmo. – “Professor, pega leve hoje é sexta feita.” ou “Professor, vem com nós no intervalo para o bar?” – E por aí vão os inúmeros jeitos de tentar passar a perna no professor, que não é bobo nada, saca fácil qual é.

Mal dá à hora do intervalo e já estão no bar, e desce a primeira rodada. Normalmente um grupo formado por 90% de homens, quando não 100%. Lá eles chegam e claro, vem as garotas, universitárias, que também não dispensam a loira gelada. Cinco rapazes se entre olham ao verem três belas garotas, na troca de olhar havia palavras, como: “- Nossa que bunda." "- Aquela ali toda empinadinha." "- Adoro mulher safada." Outra rodada, e mais outra logo após.

Alguns tentam uma equação simples, partindo do principio dos pedreiros, e lançam cantadas. "Com uma dessa e um pacote de biscoito eu não saio do meu quarto durante um mês." Ou; "Você não é tabela periódica, mas eu me consultaria em você sempre." Se esquecem que sem o “sua linda” não funciona.

A trigonometria acontece de forma fácil, o mais extrovertido puxa conversa com a garota. Ou seja, temos um cateto (Adjacente) e a Hipotenusa, logo chega um terceiro o cateto (oposto), que interfere na conversa sem ser chamado; geralmente atrapalha toda a soma antes feita entre Hipotenusa e Adjacente. E o resultado quase sempre fica no Zero a Zero, e o triangulo retângulo se desfaz.

Poucos se lembram de calcular a hora, e quando se dão conta os minutos se acabaram. Hora da última rodada, copos cheios, conversas distintas. O litro se converte em ml’s, até nada mais restar. Juntam o dinheiro e o troco vai para a bala, que eles juram tirar o cheiro da cerveja. Eles abandonam a loira, e os cálculos, e partem para uma aula onde o professor irá falar e eles irão entender, de acordo com a resistência de cada um. (Na verdade só voltam mais falantes que o normal.)

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