quinta-feira, 10 de março de 2011

Divagando sobre o amor

Era uma tarde terrivelmente ensolarada, ao fundo rolava o som maravilhoso de John Lee Hooker. Sempre acreditei no poder que a música tem, era como se ela estivesse falando comigo, me encorajando a escrever sobre um assunto tão denso, que por mais que você escreva ainda não terá dito tudo sobre ele. Alguns acredita que se demonstra através de atitudes, outros defendem o poder que as palavras tem  para descrevê-lo, e eu no meio disso tudo, bem, eu escrevo aquilo que acredito ser real nisso.



(Créditos da imagem)http://www.flickr.com/photos/pamelastocker/5466725092/

            Antes de tudo, é preciso se desarmar para falar do amor, é preciso ir só para falar do amor, é preciso ir sem coragem, pronto para ser abatido, porque o amor te desarma. E não é preciso estar amando para falar de amor, afinal o amor é muito mais do que aquilo que se sente por alguém especial. É preciso saber se entregar também, não a grandes paixões, a grandes momentos da vida. É preciso apreciar o espetáculo que é viver, cada momento, cada respiração, cada batimento, é preciso aproveitar. Afinal, no que consiste o amor? Onde que ele anda nesse mundo caótico?


O amor, segundo o minidicionário Luft (não, não olhei no Google) é afeição profunda, é zelo, é cuidado. O objeto dessa afeição, a pessoa amada. O amor é o ingrediente da vida, o amor é o sentimento sublime, que hoje anda sendo subestimado. O amor era para ser uma palavra reservada, para ser usada somente nos momentos especiais, mas hoje está muito desgastado. Amor é querer estar com alguém, e mesmo não podendo sorrir ao imaginar, é recordar de momentos distantes e ter aquele aperto na barriga de querer repetir, é até mesmo idealizar momentos. E desfrutar das coisas simples com sorriso no rosto, é aquele abraço apertado, é o medo de completar a ligação.


Poderia continuar a falar, mas prefiro ir me findando, deixo para o leitor idealizar o amor, deixo para quem lê imaginar outras coisas que representam o amor, sem máscaras, aquele sincero, que não se vê na TV. Talvez eu tenha escrito um monte de bobagem, talvez tenha divagado e falado coisas que não tem sentido, talvez eu tenha falado somente clichês, mas o amor é não ter medo de se apresentar também, o amor se contradiz, diz e se faz dizer.


“[...] que seja infinito enquanto dure.”

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