quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sistema do Caos - I

                - Não é que eu não goste da sociedade, simplesmente acho que ficou deturpada demais  - ele disse.
                - Mas isso lhe dá o direito de tirar a vida de alguém? É essa sua desculpa?

                - ... eu não sou um herói, não sou justo. Não me venha falar de justiça em tempos como esse . Tudo o que acreditamos  um dia, todas aquelas regras não existem mais, acorde para o presente. Não faço isso para melhorar o mundo, faço porque ninguém mais irá faze, faço por mim.


                E foi assim que ele se sucumbiu ao mal, naquela noite escura e chuvosa ele perdeu sua alma. Talvez Mark nem se importasse mais, no fundo ele realmente gostava daquilo, mesmo que tinha sido só uma pessoa, ele sentira um enorme prazer em tirar a vida daquele ser. Thompson não acreditava no que havia presenciado, sempre estivera lado a lado de Mark, sempre ouvira a revolta dele com o mundo mas nunca havia imaginado que chegaria aquele ponto. Quando vira Mark cravando aquela faca naquele cara que horas antes estava no bar rindo e bebendo ele não reconheceu o amigo.
                Um olhar sombrio, um sorriso insano no rosto e a faca suja de sangue ainda na mão, Mark olhava para Thompson sem receio, sem remorso algum.

                - Você estava lá Thom, viu como esse bastardo abusou d aquela garota, viu como ele foi canalha com ela e ninguém, NINGUÉM FEZ NADA! Chega disso, eu não vou me omitir mais, não vou fechar os olhos.

                - E o que faz de você melhor que ele? Qual a diferença Mark? No final você vai se tornar aquilo que pensa combater.

                - Ah Tom, tanto tempo comigo e as vezes penso que não me conhece, eu não espero um final feliz disso, não espero gloria ou reconhecimento. No final serei apenas mais um que se foi, mas não se vitimou.

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