segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ninguém


Somos plural e singular, temos nossas diferenças e indiferenças. Olhando bem, seria repugnante se fossemos iguais, olharíamos o mover do rio e pensaríamos a mesma coisa, leríamos um texto e teríamos a mesma visão, uma coisa nunca seria enxergada com duas. Conviver com pessoas distintas, de fato, é melhor do que enfrentar um espelho. Ser copiado em tudo, em horas desprezíveis e em momentos únicos. Por outro lado, assumiríamos nossas chatices. O bem, nesse caso, não compensaria o mal.




É certo que temos espécies de padrões a seguir, o que talvez nos deixe mecânicos. E como robôs, não compreenderíamos os desafios impostos em nossas vidas. Analisando nossos dias com pouco que seja a minúcia, encontraremos diferentes atitudes, ideais, dor e tantos outros; no final entenderíamos que as diferenças é o que nos fazem comuns uns aos outros. A dor do outro pode ser uma que você já superou. A atitude dele pode te fazer ter uma nova linha de raciocínio. Seus ideais podem emergir e vir a trazer uma revolução sem igual.


Deixemos que a mecânica se encarregue dos robôs, tratemos de produzir sentimentos, capazes de enxergar duas ou muitas outras em uma mesma coisa. As nossas diferenças não são mais do que caminhos que se colidem em algum lugar e deixando marcas, não obstante, trazem vida. Tratemos nossas feridas, vejamos as pessoas nas ruas, e que isso possa nos trazer a memória – “Ninguém é igual a ninguém.”

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