sexta-feira, 13 de maio de 2011

A Menina que Roubava Livros

Antes de comprar o livro de Zusak não li nenhuma resenha; não procurei saber o que ele narrava. Talvez esse tenha sido o grande lance da história, afinal o livro não te proporciona uma sinopse apenas convida a leitura “Quando a Morte conta uma história você deve parar para ler.” Demorei-me a adquirir o meu exemplar, mas quando o fiz, prontamente larguei o que estava lendo, páginas depois me descobrir perdido entre os destroços causados por um ataque aéreo durante a madrugada. Sim, eu estava a caminho da Segunda Guerra Mundial, nas palavras da Morte, a narradora.



Digna de toda a mídia que recebeu “A Menina que Roubava Livros” não foi escrito apenas para vender. Qualquer um que tomar a iniciativa de embargar nessa história sentirá isso com o correr das páginas, que emocionam, nos faz vibrar e torcer.

Alemanha Nazista no auge e claro o bigode do Führer em esplendor igual. Época em que Liesel conhecia Rude, pouco depois de ir morar na Rua Himmel com seus novos Pais. Dizer que a amizade os moveu não seria exagero, o fato de crescer juntos e serem cúmplices um do outro os tornavam: Ela uma saumench; ele um Saukerl. Palavra usada normalmente para ofensas, mas, aqui mesmo no Brasil costumamos chamar de filho da puta um grande amigo.

A história segue; é impossível não gostar de Hans Hubermann o pai de Liesel. Ele fazia tudo parecer simples, além de ser um alemão que não negou ajuda a um judeu. Hans havia lutado na primeira guerra ao lado de um judeu, e agora seu país levava pessoas como o seu amigo para ser exilado, os expondo publicamente. Eram alemães, mas “impuro”.

Onde entra os roubos dos livros, você deve se perguntar. Eles acontecem e tem grande influencia na história, mas recomendo que leiam cada uma das páginas sem deixar escapar os claros detalhes, pois a morte não fez mistério, do contrário preocupou-se apenas em relatar.

Caramba; há tantas coisas formidáveis no livro, não sei se isso tem haver com o meu gosto por história de guerras. Acredito que sim. Rude, um garoto que se pinta de preto com carvão em plena Alemanha Nazista. Ah, e Hans... Ele entre tantas façanhas alimentou um judeu sem se importar com as chicotadas que seguiram após. Mamãe foi osso duro sempre e seguiu assim quando precisou dar assistência a Max. Max era o judeu do porão da casa dos Hubermann, que almejava tirar o bigode de Hitler após uma luta homem a homem.

Leisel aprendeu muitas coisas, principalmente significados de palavras e frases. Uma delas marcante foi: “Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças.”

Um comentário:

  1. Já ouvi falar muito bem desse livro, mas nunca li. Fiquei curiosa depois dessa tua resenha. (:

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