domingo, 8 de maio de 2011

Moacyr Scliar – Parte III

O Ciclo das Águas


            Antes da morte de Scliar tive o prazer de escrever sobre sua obra “Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar Em Casa”. Naquela ocasião refletia sobre o meu primeiro contato com ele, que ocorreu em 2006 por indicação de uma jovem senhora bibliotecária. Após ler essa obra agradeci muitíssimo, pois aprendi muitas coisas em seus temas cotidianos em forma de crônica. Segundo Fernando Sabino, crônica nada mais é do que aquilo que chamamos de crônica. Agora fica o convite para você mergulhar nessa resenha e após devorar O Ciclo das Águas. – Pensei em uma piada, beber o... mas deixa pra lá.





Nostalgia, é esse o clima passado por Marcos desde início de sua narrativa, até a página 132 onde se finda a história. “No começo, chove muito.” O professor de História Natural começava sua aula, talvez pelo clima de suspense os alunos gostavam. Como todo ser humano, Marco tinha seus objetivos, passava boa parte de seu tempo pesquisando sobre as águas, sobre o saneamento básico. Procurava expandir e conseguir verbas para tocar seu projeto.
            Com doses baixas, ou na medida de erotismo. Marcos, conta a história de Esther moça judia que vive algo inusitado. Quando ainda jovem se vê apaixonada por um jovem que chega de viagem que estava fazendo a Paris. Eles se demoram depois decidem se casar, o que é aprovado por seu pai o Mohel. A vida da jovem judia muda, ela vai morar na cidade luz; Paris. Lua de mel teve sim, mas bem diferente das convencionais.
A novela continua e entre tantas coisas ela segue para porto alegre onde os fatos se desenrolam. Surgem conflitos – História Natural da vida humana, diria. – Scliar, através de Marcos e seus personagens nos levam a pensar se vale viver em busca de vingança. A verdade é que faz pensar em muitas coisas, mas prefiro abrir mão de escrever e deixar que a curiosidade ti prenda, quem me deras a consequência dessa curiosidade fosse à leitura do livro.
Tudo na vida depende do ângulo que se olha, esses ângulos não são mais que nossos momentos bons ou ruins. Momento, é apenas isso que pode nos fazer enxergar duas ou mais coisas em uma só, que nos faz acreditar que podemos encontrar respostas onde, talvez não haja. Ângulos desprezados por muitos na matemática, mas imprescindível na hora de viver, sentir.
Ah sim, as águas. O Clico das Águas; poderia ser uma comparação com os problemas vividos. Poderia ser apenas sobre as águas do pequeno riacho. Poderia, poderia ser outras coisas, sim poderia... Mas, seria outra coisa?

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